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Sobre

Nasci em Tupã-SP em 12 de Março de 1957, filha de pais pernambucanos, logo voltamos para nossa terra, fixando residência em Garanhuns, que considero minha casa. Hoje, moro na praia de Pau Amarelo- Paulista, região metropolitana do Recife-PE. Sempre gostei de escrever. Desde muito cedo caminho pela poesia, contos e crônicas. Participei de alguns concursos nacionais e internacionais de poesias e de contos, nos quais fui premiada. Tenho trabalhos publicados no Brasil e em Portugal. Fiz uma pausa na vida literária por muitos anos. Hoje, viúva, mãe de um casal de filhos e avó de quatro netos, retomei minhas escritas e tenho me dedicado na elaboração de livros, a serem publicados. Sou colunista do Site Divulga Escritor e tenho uma página no Facebook onde publico poemas e textos diversos, além de comentar no Blog Solar de Poetas e ter uma página, Cálice Literário, no Site Mosqueteiras Literárias.

Encontro com a vida

 

                  Hoje o céu chora copiosamente. Vai ver sofre por ausências, saudades... Quem sabe sente dores inexplicáveis. Partidas imprevisíveis e emoções várias. A grande lua de antes dá lugar a uma escuridão fria, de uma noite lavada por lágrimas. Sou toda recordações! O silêncio me leva à gaveta dos tempos idos, e, vasculho seu interior à procura de mim mesma.

 

                  Sou resquício da própria alma. Caminho saudosa juntando os cacos encontrados de alguma coisa partida. Fragmentos de momentos vividos. Passado. Arrumo minha gaveta de volta. O coração palpitante, as mãos tremulas e os olhos marejados, me falam de amor. Amores guardados. Fechados com a chave da saudade. Vidas que se foram, inesperada e tristemente, deixando minha alma marcada e dorida.

 

                 Não posso descartar minha gaveta. Nela estão meus pedaços mais caros. O tempo, há de me fazer esquecer de remexe-la, pois é inevitável andar pra frente e deixar o peso dos dias estocados em algum lugar da estrada. Lá adiante, onde o vento canta baixinho, há de surgir a luz do sol, iluminando o dia que vai nascer.

 

                 As flores, sacudirão a água acumulada em suas pétalas, e, sorrirão dando boas vindas ao dia que se apresenta. O caminho, agora cheirando a flor, me levará a uma vida colorida de amor. Espera por mim vida... Estou indo ao teu encontro.

 

Lígia Beltrão

 

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